Projeto das Aulas de Música

Preferências Musicais e a Diversidade da Produção Humana

Jemima Pascoal dos Reis

1. Objetivo Central:

Identificar as preferências musicais dos alunos e verificar a relação e integração de cada um deles com as diferentes ideias norteadoras desses gêneros musicais.

1.1  Objetivos Específicos:

- Ampliar o conhecimento dos alunos sobre os seus estilos musicais preferidos;

- Explorar os aspectos musicais e extramusicais mais marcantes e evidentes desses estilos musicais, como os principais grupos, sua história, variações do estilo, ritmo, intervalos musicais, organologia, o apelo visual dos grupos e dos aderentes aos estilos musicais e a temática principal;

- Refletir sobre o aspecto visual dos estilos;

- Desenvolver a prática da escuta musical atenta por meio de apreciações musicais.

- Explorar aspectos da performance musical e aperfeiçoar a mesma.

2. Fundamentação Teórica:

No artigo Educação musical e práticas sociais, SOUZA (2004) discute a música como um fato social e suas relações com a educação musical: “[...] as preferências musicais dos adolescentes estariam ligadas a gêneros musicais que para eles possuem um significado relacionado à liberdade de expressão e de mudança”. (SOUZA, 2004, p. 8).

Pretende-se também ter como auxílio para o presente trabalho a pesquisa intitulada Tribos na sala de aula: um estudo sobre culturas juvenis na escola (DIAS, 2011), que traz uma discussão sobre a formação de grupos (tribos) em sala de aula.

Quando o assunto da aula faz parte do cotidiano dos alunos, além de despertar o interesse, o processo de ensino-aprendizagem se torna mais significativo. Entende-se que a aprendizagem significativa valoriza os conhecimentos e experiências preexistentes nos alunos, conforme discutido por Moreira (1998);

A aprendizagem é dita significativa quando uma nova informação (conceito, ideia, proposição) adquire significados para o aprendiz através de uma espécie de ancoragem em aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do indivíduo, isto é, em conceitos, ideias, proposições já existentes em sua estrutura de conhecimentos (ou de significados) com determinado grau de clareza, estabilidade e diferenciação. (MOREIRA, 1998, p. 5)

Torna-se cada vez mais necessário que os professores se inteirem das preferências musicais dos seus alunos, não há mais como ignorar a força da mídia nos dias atuais, principalmente no que diz respeito à música. Sobre isso Galizia (2009) comenta:

Axé, techno brega, funk, rap, enfim, todos os estilos que nossos alunos vivenciam em seu dia-a-dia poderiam estar em sala de aula para se trabalharem conteúdos técnico-musicais, ou senso crítico, ou ainda como elemento motivador. Dessa forma, o ensino de música nas escolas passaria a ter um sentido concreto nas vidas dos alunos, aproximando-se de seu cotidiano. (GALIZIA, 2009, p. 78)

3. Metodologia:

- Formar grupos entre os alunos e elencar para cada grupo um gênero musical. Sobre o estilo escolhido, os grupos pesquisarão sobre sua origem, principais características e temática (principal assunto das letras das músicas do gênero em questão).

- Desenvolver uma gincana musical para explanação dos conteúdos referentes ao tema, onde cada grupo ficará responsável por “defender” seu gênero musical.

- Realizar um levantamento de dados por meio de um questionário para delinear as preferências musicais dos alunos, suas práticas musicais (se existirem) e os principais interesses e curiosidades em relação à música.

- Propiciar momentos com dinâmicas que estimulem a criação musical.

- Utilizar meios eletrônicos para o desenvolvimento da gincana.

- Desenvolver um mapa conceitual a partir do tema: Estilos Musicais.

- Explorar dinâmicas e músicas que desenvolvam a execução musical dos alunos.

Referências:

DIAS, Darlan Carlos. Tribos na sala de aula: um estudo sobre culturas juvenis na escola. 2011. 109 f, il. Dissertação (mestrado) - Universidade Regional de Blumenau, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação 2011. Disponível em: <http://www.bc.furb.br/docs/DS/2011/349200_1_1.pdf>. Acesso em: 10 set. 2012.

GALIZIA, Fernando Stanzione.  Educação musical nas escolas de ensino fundamental e médio: considerando as vivências musicais dos alunos e as tecnologias digitais. Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 21, 76-83, mar. 2009.

MOREIRA, Marco Antonio . Mapas conceituais e aprendizagem significativa. Cadernos do Aplicação, Porto Alegre, v. 11, n.2, p. 143-156, 1998.

SOUZA, Jusamara. Educação musical e práticas sociais. In: Revista da ABEM, Porto Alegre, vol. 10, 8, mar. 2004.